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  • Foto do escritorBruna Zimmermann

A ANÁLISE NA MODALIDADE ON-LINE

SEJA ON-LINE OU FÍSICA, AMBAS EXIGEM PRESENÇA.


No atendimento clínico, eu trabalho com a psicanálise, que é uma abordagem cujo método de tratamento é a investigação da origem dos sintomas e a exploração do inconsciente de forma geral. Com isso, não é o setting que define a análise, ou seja, não é um consultório ou um divã que a definem.


A psicanálise é uma técnica terapêutica baseada na fala e na escuta. Para o trabalho acontecer é fundamental que haja presença, do analista e do analisando. É a presença que define a análise – porém, ela independe se é física ou virtual – e a partir daí que se terá o processo analítico.


Seja no formato físico ou no on-line, há a presença do analista. Ambos formatos são eficazes no tratamento de um sofrimento, pois o espaço psíquico não se reduz ao espaço físico – e o inconsciente se manifesta independente do formato da sessão.

Conforme Quinet, um psicanalista e escritor que gosto muito, "a experiência tem demonstrado que não se confina o inconsciente, pois ele continua a se manifestar na análise on-line". O trabalho continua dependendo do analista, não do dispositivo, seja ele poltrona, divã, celular, computador etc.


Não quero deixar de lembrar que, curiosamente, Freud foi pioneiro no quesito “análise virtual”, analisando pacientes à distância, por meio de cartas lá em meados de 1900. É curioso pensar que a modalidade virtual não é algo extremamente novo. Mas é surpreendentemente incrível que hoje possamos usufruir da tecnologia moderna para um cuidado tão sensível.


Mas fico curiosa... o que será que Freud diria sobre?




*Referência utilizada:

Análise On-line na Pandemia e Depois - Antonio Quinet



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